E vamos a mais uma clássica resenha básica de um adaptação de quadrinho para o cinem.
Hoje tratarei de um verdadeiro clássico: OLDBOY (2003), o filme que ocupa o posto de número 641 do quarto volume da lista de adaptações cinematográficas baseadas em quadrinhos, que você pode baixar AQUI.
Muita gente acha que apenas o filme do ano passado foi a única adaptação do mangá de Nobuaki Minegishi e Garon Tsuchiva.
Foi dirigido pelo competente Park Chan-wook e o plot é muitíssimo interessante: O Dae-su toma uns birinaites a mais e é seqüestrado sem motivos aparentes. Ao acordar, está trancado em um quarto de hotel barato. Detalhe: esse cárcere se estende por inacreditáveis e surreais 15 anos. Dentro do quarto, Dae-su só tem uma TV ligada (sua única forma de contato com o mundo exterior) e alguns outros móveis básicos.
Uma das melhores cenas de luta que eu já vi. |
Até que em certo instante Dae-su é libertado e – paranóico – decide se vingar, claro. Mas para isso, precisa descobrir quem fez isso com ele e por quê. No caminho, tem contato com uma bela oriental que decide ficar ao lado dele nesta busca. E aí a história, o mistério e a paranóia se desenrolam em níveis realmente muito interessantes.
A narrativa não é linear. Há flashbacks em profusão. A atmosfera de delírio é gigantesca.
A direção de Park Chan-wook é um tanto estranha. O cara opta por cortes interessantíssimos e brinca com o ritmo ao alternar velocidade em fantásticas cenas de ação, dignas dos melhores filmes de pancadaria, para logo em seguida, dar uma bela freada na velocidade e colocar cenas dramáticas com longos diálogos
Morre de inveja Bear Gryllls! |
Choi Min-sik é um grande ator, e no papel do protagonista consegue mostrar muito bem os opostos de Dae-su: da violência louca, cavalar e fria até os arroubos covardes melodramáticos absurdamente exagerados e caricatos que seu personagem proporciona em uma excelente atuação.
Vale dizer também que o filme é bastante violento e tem cenas um tanto quanto extremas, repletas de sangue e mutilações ou bizarras (mastigar um polvo vivo é algo tão meigo, fala aí, leitor!?). Portanto, se você é daquelas pessoas suscetíveis a esse tipo de coisa, recomendo passar longe.
Sendo uma adaptação de mangá, são notórias as inspirações no estilo de narrativa, nas sequências de ação e na caricaturização de todos os personagens, mas isso é feito de maneira intencional pelo diretor.
Tem uma mosca na minha testa? Excelente linguagem visual usada pelo diretor |
E sejamos sinceros: quantos filmes nos anos 2000 conseguiram tal intento?
Avaliação geral:
- Fotografia: nota 10
- História: impossível dar menos que 10
- Atores/Atrizes: nota 10
Nota geral: 10, isso significa que é um clássico absoluto. Tenha em casa a versão em DVD, Blue-ray, fita K-7, whatever, e veja pelo menos uma vez por mês o filme.
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