• Da pré-história dos quadrinhos ao pós-modernismo gibístico!

    Eu vi... Homem de Aço




    Depois de muito tempo parado, eis que volto que mais uma postagem da série "Eu Vi..." e desta vez, quem será medido, pesado e analisado será a mais nova adaptação cinematográfico do Super-Homem, o filme "O Homem de Aço".

    Depois do fraquíssimo "Super-Homem: O Retorno", a Dc/Warner resolveram escalar os diretores mais bem sucedidos em adaptações de quadrinhos ppara o cinema: Christopher Nolan (responsável pela trilogia do Morcegão) nos roteiros e Zack Snyder (responsável por 300 de Esparta e Watchmen) na direção.

    Muito se falou, para o bem e para o mal, deste filme e serei imparcial, pois o Super não é meu herói favorito e analisarei o filme de forma limpa e sincera (bem ácida também). Como diria Joe Ramone: Hey! Ho! Let's Go!

    AVISO CONTÉM SPOILER: LEIA POR CONTA E RISCO. 
    Tá avisado que tem spoiler, então, se ler e reclamar, vai catar lata seu verme merdorrento! 

    O texto ficou longo.

    Bom, como em Super-Homem: O retorno Jor-El foi encarnado pelo seu mais famoso intérprete: Marlon Brando (de forma totalmente digital, pois o mesmo já havia morrido), a dupla Nolan/Snyder resolveu chamar o gradiador (ele já fez trocentos filmes depois, mas só é lembrado por esse) Russell Crowe e suas esposa, Lara, foi interpretada pela menos charmosa (talvez nenhuma consiga ser mais charmosa que Susanah York), mas competente Ayelet Zurer.

    Após essas substituições básicas, temos uma sucessão de "homenagens" durante o filme inteiro e alterações drásticas na história construída em míseros 75 anos do personagem. Vamos lá (em itálico estão meus comentários):

    O filme começa com o nascimento do pequeno Kal-El. Um parto bem tecnológico com auxílio de uma máquina flutuante com a voz de ninguém menos que Carla "Primeira Espectral" Gugino.

    Logo após, Jor-El aparece numa conversa com o Conselho Supremo de Krypton, onde Jor-El defende a evacuação de Krypton que está prestes a ser destruído, não pelo seu Sol como foi amplamente divulgado nos 75 anos do personagem, mas pelo seu núcleo que parou e numa tentativa fracassada de reativá-lo acabaram por condenar o planeta.

    Bom, até aí eu engoli, não muito, mas desceu. Em seguida aparece o Gen. Zod (muito bem interpretado pelo competente Michael Shanon) tomando de assalto a reunião e de lambuja matando um dos conselheiros alegando que os mesmo condenaram Krypton e pedindo o "Codex" (que depois foi explicado que os Kryptonianos não se reproduzem de forma natural - papai e mamãe - e sim via assexuada, sem falar que os kryptonianos são predestinados a serem e trabalharem no que lhes foi programado).

    Nesse ponto, Jor-El dá um grito (grunido na verdade, pois 90% de tudo que o Russell Crowe fala eu não entendo) e neste exato momento, eis que surge a Homenagem #1: um pássaro alado no bom e velho estilo Arzak ou na pior da hipóteses uma cópia lavada da bustema Avatar.

    Campos de centeio humano em Matrix
    Depois de voar cheio de graça e tchurilu por parte de Krypton chega numa torre e depois de chegar num aguaceiro e de pular no estilo Elvis Seresteiro de Acapulco e nadar mais que o Namor ops Aquaman (mesma editora hehe) chega num lugar que mais parece os campos de reprodução humana do filme Matrix (Homenagem #2) ele rouba na moral o tal Codex (que é um pedaço de crânio de um algum antepassado de moral kryptoniano).
    Campos de centeio humano em Homem de Aço



    Após o roubo, Jor-El volta para seu laboratório, onde decodifica o "Codex" inserindo o mesmo nas células de seu filho. Bom, achei meio estranho essa parte, pois o "Codex" é um osso (parte de um crânio) e ele inseriu os danados dos futuros kryptonianos no DNA do Kal-El. Não sei para vocês, mas na minha opinião ficou estranho. Original, meio forçado, mas estranho.
    Jor-Stark-El

    Beleza, depois de toda o drama, pois Zod tá no encalço, eis que entra em ação o lado "Gradiador" do Jor-El. No bom e velho estilo "Homem-de-Ferro" ele vai para um canto e ... Eis que ele tem uma armadura de guerra! No melhor estilo Tony Stark



    Depois de um troca tapa mais ou menos, com vitória parcial do Jor-Stark-El (caramba, no filme Zod é é um phoderoso Sr. da Guerra e nasceu para brigar e perde para um cientista) e a nave com o pequeno Kal-El finalmente alça vôo, Zod ataca de Commodus dá uma facada nas costelas do Maximus, Ops! Perdão... Jor-Stark-El, que sucumbe mais rapidamente que seu quase sósia Maximus.
    OBS: Gostaria de deixar bem claro aqui que o filme em tela trata-se de uma filme da Dc Comics e não tem ligações com os personagem Homem-de-Ferro (da Marvel Comics) e com o filme Gladiador. Qualquer semelhança anteriormente relatada é mera cópia coincidência.

    Em resumo: Jor-El morreu. Ka-El fugiu. Lady Lara (quase uma homenagem a mãe do Roberto Carlos) saudável e Zod detido.

    Zod e seus comparsas são julgados, condenados a zona fantasma (que é uma nave num limbo qualquer) e eis que finalmente o planeta explode. Aqui merece um Aleluia (Leonard Cohen, só para lembrar do outro filme do "Visionário" Zak Snyder)

    Na minha opinião houve um exagero de liberdade adaptativa. Mudaram muita coisa da história original.

    Deste ponto em diante, o filme basicamente intercala de forma MAGISTRAL momentos do passado (infância e adolescência) e presente de Clark Kent. Poucas vezes vi ligações entre momentos presentes e momentos passados em um filme, principalmente se tratando de adaptações de quadrinhos. É preciso tirar o chapéu para o Zack Snyder, ele foi muito feliz na direção do filme.

    Voltando ao filme.
    Basicamente, os momentos iniciais da fase adulta de Clark é levemente baseada na minissérie "O Legado das Estrelas" de Mark Waid.

    É necessário destacar aqui a escolha primorosa de Kevin Costner como Jonathan Kent e Diane Lane como Martha Kent. Deram um show a parte.

    Muita gente  criticou o posicionamento do Sr. Kent quando Clark salvou os coleguinhas do ônibus, mas, coloquem-se no lugar de um pai. Mais ainda, coloquem-se no lugar de um pai de ET nos Estados Unidos. Nesse ponto respeitei e até gostei da real humanidade do Jonathan Kent.

    Em um dos momentos de intercalação entre passado e presente, Clark lembra de uma certa discussão entre ele e seu pai, quando solta a "pérola": Sua família trabalha em fazendas, não a minha. O que ele não esperava é que logo após essa breve discussão familiar, um tornado se aproxima dos carros e todos correm. Eis que surge o momento dramático. O vira-lata fica no carro e o Sr. Kente volta para buscá-lo. Ele solta o cachorrinho, mas seu pé fica preso que quando consegue soltá-lo... Tarde demais. O tornado estava próximo demais.

    Clark ameaça uma salvação, mas o velho Kent (numa atuação que valeu todos os dólares que 
    ganhou) apenas balançou a cabeça negativamente e com a mão mandou Clark ficar onde estava e então o tornado carrega o corpo do Jonathan Kent, deixando o Clark totalmente desolado.

    Sério, nesse cena ate eu fiquei triste. Não só pela história, mas pela atuação convincente do Henri Cavil e do Kevin Costner.

    Daí por diante é uma destruição em massa. Pancadaria para tudo que é lado.

    O roteiro é bom, mas caramba, muitas falhas e coisas absurdas. As grandes furadas no roteiro são sempre com a presença da Lois Lane:

    Furo 1 - Por que o Zod exigiu a presença da Lois na nave quando O Super se entregou?
    Furo 2 - Com um exército tão poderoso, como os EUA iriam confiar em uma repórter futriqueira o manuseio da única arma capas de detonar com a poderosa e indestrutível nave de Zod?


    Alguns pontos ficaram curiosos, como por exemplo os momentos em que o Super descobrir uma "força interior" dando gritinhos esperneantes e mostrando os dentes. Ou quando o Jor-El, após virar Jor-Stark-El vira o Jor-Sam Wheat-El e se torna praticamente onipresente em tudo quanto é nave Kriptoniana, até o Zod mandar o Shift-Delete hehehe.

    Sentinelas de "Matrix"
    Omnidroid de "Os Incríveis"
    Depois que o Zod achou uma nave "terraformadora" (que recria atmosfera kriptoniana) e a posiciona em um hemisfério e sua própria nave em outro, com o intuito de transformar a Terra na nova Kripton, o Super enfrenta os sistema de defesa da nave que mais nada mais é que uma mistura entre o robô gigante do desenho Os Incríveis (O Omnidroid) e as Sentinelas do filme Matrix (que recorrentemente é "homenageado" no filme do Super).


    Bom, após tantas homenagens, uma merece menção honrosa: Christopher Reeve aparece no filme.



    Não posso esquecer o Perry "fuck the devastation" White, que mesmo vendo o mundo acabar não deixou de para trás sua funcionária/estagiária e não largou a mão da mesma. Isso é bem recorrente em filmes americanos e parte da premissa de que ninguém fica para trás.

    Depois de outro quebra pau e destruição em massa, o Super quebra o pescoço do Zod e fica arrasado com isso.

    Após a resolução dos problemas imediatos, eis que o Super quebra um drone que os EUA colocaram atrás dele e quando perguntado pelo general se ele era ou não de confiança, olha o que eo Super responde:

    "Eu cresci no Kansas, General."
    Uma da cenas mais bacanas do filme ficou para o final: Martha e Clark visitam o túmulo do Jonathan e rola mais um flashback sentimental. Jonathan olha para o pequeno Clark e o vê com uma toalha vermelha nas costas. A mesma cena do trailer.

    Superboy?
    Após o flashback, eis que a Martha pergunta:
    Martha Kent: O que vai fazer quando não estiver salvando o mundo?
    Clark: Vou arrumar um emprego... onde eu possa ficar de olho em tudo.
    Clark: Onde as pessoas não vão se importar... quando eu for a algum lugar perigoso... e começar a fazer perguntas.

    Depois disso, ele se apresenta como o novo repórter do Planeta Diário.

    É claro que após tantas homenagens e a polêmica morte do Zod pelas mãos do Super, o filme é BOM. Claro que numa comparação direta com o filme de 1978, o atual fica abaixo. Bem abaixo.

    Man of Steel tem efeitos primorosos e bem feitos. O roteiro mesmo tendo falhas e alterações em relação ao quadrinhos foi quase em sua totalidade justificado dentro filme.

    No geral, o filme ficou bem divertido. Consegue atrair novos leitores para os quadrinhos e faz com que fãs apreciem um filme sobre quadrinhos. Os fãs xiitas radicais extremamente exacerbados falaram e continuarão falando mal, mas o filme é bom e valer cada minuto das 2:23 horas.

    Avaliação final:

    Nota 8: Faltou pouco pra ser um clássico.

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