neste novo projeto, tentarei resgatar a memória do quadrinho nacional, darei incentivo a novos artistas e escritores.
Na primeira postagem, colocarei um verdadeiro clássico do quadrinho nacional: Três Legionários de Sorte, de Carlos Thiré.
Uma breve explicação da estória: (copiado e coladao do Bigorna)
"...quadrinho nacional dos anos 40 do século XX, assinado por Carlos Arthur Thiré (marido da atriz Tônia Carrero e pai do dramaturgo, ator e cineasta Cecil Thiré). Três Legionários de Sorte - irresistível aventura bem-humorada (e não é pra menos: legionário francês com ginga carioca, é o fino!) sobre três amigos que estão em quartéis da Legião Estrangeira em algum lugar do Magreb. Bilescu, Buck e "Pintado" - apelido do jovem soldado com sardas no rosto. Este último, a propósito, é quem terá mais destaque do que os dois amigos: apaixona-se pela filha de um severo coronel que, contrariado com o flerte do soldado, chega a mandar "Pintado" para a cadeia.
Aí sim entram em ação os amigos - mas só para zoar com o apaixonado e encarcerado colega, libertando-o muito depois do que realmente poderiam. Tomado pela paixão, "Pintado" vai atrás da moça e, como só acontece com os bons personagens de HQ, acaba salvando o dia: um espião árabe ameaçava o coronel e outros oficiais, cabendo a "Pintado" dar um tabefe no sujeito e ganhar moral com o "sogro". Além do vilão, há uma outra passagem na história que poderia, nos dias de hoje, levar o autor à cadeia, acusado de anti-islamismo - e, mesmo que não fosse preso, talvez despertasse a fúria dos filhos de Alá: para chamar a atenção da moça, "Pintado" mente a um grupo de nativos dizendo-lhes que ela estaria precisando de carregadores. Imediatamente a filha do coronel é cercada pelos afoitos rapazes e então "Pintado" chega dando porrada nos marroquinos (ou argelinos) e assim, espantando-os, ganha atenção e confiança da moça. Felizmente o herói faz média com os filhos do islã, no final da história: após a rendição do espião árabe, "Pintado" impede que o coronel agrida covardemente o prisioneiro - isso enfurece o pai da moça, mas "Pintado" não desiste de conquistar seu amor. De acordo com o texto introdutório escrito por Oscar Kern, Thiré teve intensa produção quadrinhística, apesar de seu desaparecimento precoce aos 45 anos."
Publicada na Revista Historieta, 1986 (eu acho) pela Press Editora
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